Juan diz que Iara diz que Anita diz que Meli diz que Federico diz que
Nuria diz que Salo diz que Bárbara diz que isto é a instalação de um sistema, e
que por enquanto eu fale com vocês. Assim, vou contar que...
A perda da narrativa é a perda da nossa capacidade de nos situarmos
historicamente, não?
Como cachorros esquizofrênicos vimos o sentido da temporalidade
colapsar.
Os sintomas da nossa perda recente fogem e fogem.
É uma tentativa desesperada e histérica de recuperar algo através da
ressurreição de múmias.
Ainda devemos chegar a um acordo com o nosso próprio empobrecimento.
Nosso próprio empobrecimento.
Justapomos negativas à habilidade de prover o que falta à imagem. Nos
negamos à indignidade de falar pelos outros, mas uma colagem com seus pedaços
nos tenta.
Cada repetição é diferente.
Há um contexto, mas é só isso. Satura. Constrange.
Não há nada arquimédico quando a origem atua e se move.
Um elemento o suja e, por sua vez, lhe injeta sangue.
Um enxerto que difunde para atrás e transforma, assim, o lugar de sua
separação.
A perda e o achado geram uma infinidade que é absolutamente inimitável.
Não há porque entender o infinito comentário, que a cada instante se
auto-anula.
O truque consiste em não suprimir a alteridade de cada um na composição
temporal.
Mas eu não sei como se faz.
Minimalismo. Depois, apenas talvez, haja um único perigo.
Dois fatos rimam, e antes, separados, não eram nada.
Jogar com as linguagens é examinar as formas com que a mente funciona.
Hoje talvez tenhamos sorte com esse pastiche.
Combinam e modificam e somam uma conexão com o extenso plenum da
experiência.
Por alguns momentos, as combinações organizam flashes em que algumas imagens se corporizam,
outras não.
Cada actema é cinzelado por um ator/personagem; polido. De alguma
maneira.
Quer saber com o que me pareço?
Outro fará algo diferente, mas cinzelado. E o polirá. De uma outra
maneira.
Na sua crise, esse algo é imprescindível, o outro é menor.
A informação, congelada em uma imagem; e uma enorme quantidade de
elementos faltantes.
Uma imagem dentro de uma estrutura que consegue não querer dizer nada.
Diz o seu sentido ao debater-se com o racional, com esse mágico poder
que lhe confere o fato de não ter significado.
O que se está contando?
A primeira fase, de instalação, se sustém até que a
paulatina retroalimentação gera vida no sistema, que começa, assim, a pensar
por si mesmo.
O que me importa? O motor está onde sucumbem as
explicações. Eu me importo com o como; outros, não sei.
Os elementos têm pelo menos duas funções, a informação cobre a codificação,
esconde o procedimento.
Contratos internos de um mundo confabulados, sem fábula.
Um mundo que não é linear, onde muitas causas escondem efeitos
desordenados.
Uma segunda etapa, de modulação, uma série de formas de variar que regem
tanto quanto possibilitam, limitando tanto quanto permitindo; sinapses, puro
estalo.
[...]
Dice Juan
que dice Iara que dice Anita que dice Meli que dice Federico que dice Nuria que
dice Salo que dice Bárbara que eso es la instalación de un sistema, y que
mientras tanto yo les hable. Mientras lo instalan y vemos qué pasa. Así que les
voy a contar que...
La pérdida
de la narrativa es equivalente a la pérdida de nuestra capacidad de situarnos
históricamente, ¿no?
Como perros
esquizofrénicos vimos colapsar el sentido de la temporalidad.
Los síntomas
de nuestra pérdida reciente huyen y huyen.
Es un
intento desesperado e histérico por recuperar algo a través de la resurrección
de momias.
Todavía
debemos llegar a un acuerdo con nuestro propio empobrecimiento.
Nuestro
propio empobrecimiento.
Yuxtaponemos
negativas a la destreza de suministrar lo que a la imagen le falta. Nos negamos
a la indignidad de hablar por otros, pero un collage con sus pedazos nos
tienta. Cada repetición difiere.
Hay un contexto,
pero es sólo eso. Satura. Constriñe.
No hay nada
arquimédico cuando el origen actúa y se mueve.
Un elemento
lo ensucia y, a su vez, le inyecta sangre.
Un injerto
que se difunde hacia atrás y transforma así el lugar de su separación.
La pérdida y
el hallazgo generan una infinidad que es absolutamente inimitable.
No hay por
qué entender el infinito comentario, que a cada instante se autoanula.
El truco
consiste en no suprimir la alteridad de cada uno en la composición temporal.
Pero yo no
sé cómo se hace.
Minimalismo. Luego,
sólo quizás, haya un único peligro.
Dos hechos riman, y
antes por separado no eran nada.
Jugar con los
lenguajes es examinar las formas en que funciona la mente.
Hoy, quizás, tengamos
suerte con este pastiche.
Combinan y modifican y
añaden una conexión en el extenso plenum de la experiencia.
Por momentos, las
combinatorias organizan flashes donde algunas imágenes se corporizan, y otras
no.
Cada actema es
cincelado por un actor/personaje; pulido. De una manera.
¿Quiere saber a qué me
parezco?
Otro hará algo
diferente, pero cincelado. Y lo pulirá. De una manera otra.
En su crisis, ese algo
es impredecible; lo otro es menor.
La información,
congelada en una imagen; y un enorme voltaje de faltante.
Una imagen dentro de
una estructura que logra no querer decir nada.
Dice su sentido al
reñirse con lo racional, con ese mágico poder que le da el hecho de no tener
significado.
¿Qué se está contando?
La primera fase, de
instalación, se sostiene hasta que la paulatina retroalimentación genera vida
en el sistema, que empieza así a pensar por sí mismo.
¿Qué me importa? El
motor está donde sucumben las explicaciones. A mí me importa el cómo; a lo otro
no lo sé.
Los elementos tienen
al menos doble funcionalidad, la información cubre el ciframiento, esconde el
procedimiento.
Internos contratos de
un mundo confabulados, sin fábula.
Un mundo que no es
lineal, donde muchas causas esconden efectos desordenados.
Una segunda etapa, de
modulación, una serie de formas de variar que rigen tanto como posibilitan,
limitando tanto como permitiendo; sinapsis, puro estallido.
[...]
[...]
Sebastián Huber é dramaturgo, diretor e professor. Graduado em Teatro
pela Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, realizou
mestrado em Estudos Teatrais na Universidad Autónoma de Barcelona e residência
artística na Université Sobonne Nouvelle. Espécie foi premiada pelo Fondo Nacional
de las Artes do governo argentino. A peça será publicada no Brasil pela Editora Cousa,
em tradução de Rafaela Scardino e com prefácio de Luciana Sastre.